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Em nosso país, devido a origem no comércio exploratório ter vindo do colonialismo lusitano, ainda existem muitas empresas familiares. Elas geralmente têm tudo para darem certo, mas seus gestores ainda cometem erros amadores que dissolvem o patrimônio da empresa. Ao mesmo tempo em que se traduzem em vantagem pelo comprometimento dos envolvidos, elas precisam de um cuidado maior, justamente, por serem geridas por pessoas que são da mesma família e, geralmente, possuem apenas essa fonte de renda.

Muitos dos erros de gestão que acontecem com esse tipo de negócio, principalmente, ocorre porque as finanças, por exemplo, costumam se misturar. Em vez de definir um salário mensal para os gestores da empresa, é comum que apenas façam retiradas para pagarem suas contas pessoais. No fim de um período fazendo isso, os números da empresa começam a ficar confusos e fica, praticamente, impossível entender qualquer a realidade financeira da empresa de fato.

Esse é um dos maiores problemas que as empresas familiares, que estão no mercado, enfrentam:

Como separar o pessoal do profissional?

Observando isso, decidimos elencar algumas dicas de gestão para negócios familiares como incentivo ao seu sucesso! Vamos lá?

 N-A-D-A de Privilégios!

Apesar de parecer uma coisa simples e inocente, conceder privilégios aos parentes pode fazer com que a empresa não caminhe positivamente. É fundamental manter uma rotina de cobranças igualitária entre os colaboradores, sejam eles familiares ou não.

Isso porque, ao conceder os pequenos e inocentes privilégios, acabamos criando vícios e prejudicando a produtividade de alguns membros da equipe. Consequentemente, isso faz com que as entregas do operacional, por exemplo, fiquem prejudicadas e desfalcadas.

É preciso também criar a prática de definir corretamente salários e atribuições. Mesmo em empresas familiares,  quanto menos pessoas multitarefas tiverem dentro, melhor! Isso porque, apesar de ser interessante ter um indivíduo capacitado para fazer diversas atividades, nesse cenário, para que não haja confusão, é fundamental que isso aconteça de forma moderada e razoável.

 Não Misture as Suas Finanças com a da Empresa!

A separação dos gastos pessoais dos gastos da empresa já foi um dos tópicos previamente abordados nesse texto. Esse é um dos problemas mais marcantes e erro repetidamente cometido que conseguimos observar dentro das empresas familiares.

Com um caixa à disposição, é muito comum que os donos utilizem o dinheiro do negócio para arcar com os gastos pessoais. Muitas vezes, eles o fazem com o intuito de repor posteriormente o valor investido, mas quem lembra? Ninguém, isso mesmo!

No entanto, com esse tipo de prática, a empresa está fadada ao fracasso. Na maior parte das vezes, as pessoas não só não repõem o “empréstimo” feito no caixa da empresa, como também adotam essa prática diariamente, desviando o que deveria ser exceção para comportamento comum.

Por isso, é fundamental definir um salário para os gestores do negócio, fazendo com que mensalmente eles recebam uma quantidade preestabelecida, que os ajudarão a suprir os seus gastos pessoais.

O dinheiro restante se mantém no caixa da empresa, disponível para futuros investimentos e manutenção do negócio atual (folha de pagamento, impostos, compra de matéria prima, etc.).

 Estabeleça Metas Claras!

Quando pensamos em gestão de empresas, precisamos nos lembrar de que é fundamental ter uma visão bem clara e definida de quais são os objetivos do empreendimento. Sendo assim, é importante responder questões como: onde a empresa está e onde você quer que ela chegue.

Outro ponto fundamental que precisamos reconsiderar e quebrar o modelo como vem sendo feito, é a criação de um estilo de gestão formalizado. É muito comum visualizarmos empresas familiares onde a gestão ocorre informalmente, sem políticas internas e padrões de gestão. Isso pode trazer grandes transtornos para os profissionais (tanto operacionais, quanto de cargos mais elevados). A falta de padrões deixa as pessoas perdidas durante o dia a dia e imprime a ausência de qualidade dos processos internos.

 Defina um Plano.

Todas os empreendimentos precisam de um planejamento bem definido, certo? No caso de empresas familiares, esse documento deve ser bem claro e sempre consultado. Devido ao envolvimento de muitas pessoas da família, é comum que os objetivos pessoais de cada um esteja divergindo do planejamento do negócio. Logo, é fundamental que todos estejam alinhados em relação ao futuro da companhia.

Nesse momento, recapitulamos as práticas de governança corporativa, onde se torna necessária a reunião recorrente entre os familiares envolvidos no negócio, assim, os processos e ações ficam claras para todos.

Nesse momento, é fundamental apresentar as divergências e discuti-las, sempre focando em encontrar um meio termo entre os interesses dos parentes e o caminho que a empresa precisa seguir dali pra frente.

 Utilize Práticas de Governança

Para que empresas familiares caminhe e obtenha sucesso, a transparência é fundamental. Por isso, no caso de organizações familiares, é recomendado utilizar as práticas de governança corporativa.

Tal ação pode ser feita, por exemplo, em reuniões quinzenais para discutir o que está acontecendo na empresa, alinhando os objetivos e resolvendo possíveis conflitos. Além disso, ter um overview de como os negócios estão hoje e como eles estão caminhando para o objetivo definido pela família, é fundamental.

Análise e Cobre Resultados!

Para manter a roda girando, é preciso estar por dentro de tudo que acontece e ter uma visão ampla de como a empresa está. Dessa maneira, uma rotina de controle de desempenho e análise de resultados é primordial.

Definidas as metas e os objetivos da empresa, é preciso identificar também quais são os indicadores chaves de performance do negócio, que o ajudarão a chegar ao ponto de interesse. Com base nesses indicadores, é possível saber se o planejamento do negócio está no caminho certo.

Ter relatórios semanais, quinzenais ou mensais é muito interessante. Eles servem não só para poder identificar oportunidades e melhorias, mas também para serem apresentados a todos os familiares responsáveis pela empresa.

Esses indicadores de performance precisam estar vinculados com os diferentes setores da empresa, contemplando todos os pontos, como vendas, fornecedores, clientes, finanças, produção, colaboradores, etc.

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